Rainhas do Blues
Quinta-feira escrevemos sobre um breve histórico do blues (se você não leu, clique aqui). Hoje, pensando em uma pauta relevante, lembrei-me em não me esquecer das rainhas do blues que fizeram toda a diferença no meio masculino.
KOKO TAYLOR
Nascida no Tenessee, Koko era filha de meeiro (agricultor que trabalha na terra de outra pessoa, uma espécie de caseiro…). Trocou sua cidade natal por Chicago, na década de 50, já casada. Nesta época começou a cantar blues nos clubes desta cidade.
Willie Dixon a descobriu em 1962 e em 1965 assinou com a Chess Records, em que gravou a música “Wang Dang Doodle“, de autoria do próprio Dixon (cinco anos antes fora gravada por Howlin’ Wolf) e virou um grande hit, conquistando o quarto lugar nas paradas de sucesso em 1966, com um milhão de cópias vendidas.
Nossa diva gravou mais algumas versões da mesma música, mais tarde gravou algumas outras músicas, alguns covers, porém seu sucesso nunca mais teve este estouro como teve no início de sua carreira. Em 2009 nossa rainha falece por complicações cirúrgicas e seu último show foi no mesmo ano no Blues Music Awards
Quer saber por quê Koko Taylor é considerada uma das rainhas do blues??
ETTA JAMES
Nossa segunda diva, filha de mãe solteira, nasceu na California. Seu pai era branco. Embora Etta ter procurado saber quem era, sua mãe sempre dizia que ele era Minnesota Fats, o qual sempre recebia pensão dele para guardar segredo a respeito de sua paternidade (Você poderá entender mais a história naquele filme que citei: “Cadillac Records” de 2008).
Etta teve seu primeiro contato com a música aos cinco anos de idade, com um diretor musical (James Earle Hines) de uma igreja batista. Na década de 50 ela se mudou para São Francisco e com mais duas amigas formou o trio “As Creolettes”. Foi descoberta por Johnny Otis, que investiu na garota para gravação de seus primeiros temas.
Em 1954 gravou sua primeira música de autoria própria, “The Wallflower (Dance with Me, Henry)“ em resposta a música de Hank Ballard (“Work with Me, Annie“). Etta gravou algumas parcerias e diversos hits e mais tarde foi mais uma contratada da Chess Records em 1960. Saiu em turnê com Johnny ‘Guitar’ Watson, o qual a citou como a penúltima grande influência em seu estilo. Nossa rainha do blues lançou diversos duetos com Harvey Fuqua e nessa parceria saiu seu maior sucesso, “At Last” e claro com outros dois grandes sucessos, “All I Could do Was Cry“ e “Trust in Me“.
Neste tempo, nossa diva teve problemas sérios com drogas, além de decepções amorosas que infelizmente afetaram sua carreira. Mais tarde teve problemas de obesidade, chegando a quase 200 Kg. Enfrentou uma intervenção cirúrgica em 2003, perdendo 100 Kg. No mesmo ano seu nome foi para a calçada da fama, em 2011 cantou com o rapper Flo Rida. Em janeiro deste ano, 2012, cinco dias antes de seu aniversário de 74 anos, ela falece por conta de uma leucemia e dentre outras doenças.
Fique com o hit que a consagrou:
comentários
Trackbacks & Pingbacks
Ainda não foram encontrados links de entrada.